O Concerto Triplo para Piano, Violino e Violoncelo em Dó Maior, Opus 56 de Beethoven, foi composto entre 1804 e 1805 e integra os concertos da maturidade do compositor. Ao contrário de outras obras do mesmo período, este concerto não apresenta elementos que nos permitam considerá-lo como uma das obras-primas de Beethoven. O seu interesse está na inovação por ele apresentada: além da introdução do trio como solista de um concerto -- não usual no classicismo --, o violoncelo ocupa o papel principal do trio.
Beethoven não compôs um concerto para cello -- seria, portanto, o concerto triplo o o ocupante da lacuna deixada. Prova disso é que, logo no primeiro movimento, o primeiro tema é introduzido pelo cello, seguido pelo violino e, só depois, pelo piano -- geralmente o instrumento dominante dos trios da época.
Por mais que se façam críticas técnicas ao concerto, ele é uma beleza para se ver e ouvir! Com três movimentos, allegro, largo e rondo alla polacca, permite ao trio de solistas uma demonstração não exagerada de virtuosismo. No primeiro movimento, o mais longo e talvez o mais envolvente, está presente a melodia popularmente mais difundida do concerto.
Na OSESP teremos como solistas três músicos que fazem parte do corpo da orquestra: o spalla Emmanuele Baldini ao violino, Johannes Gramsch (cello) e a pianista Olga Kopylova. A regência ficará a cargo do maestro John Neschling.
No Youtube há um vídeo do concerto tríplice: a famosa versão de Barenboim, Perlman e YoYo Ma, com a Filarmônica de Berlim
1º.Mov
http://uk.youtube.com/watch?v=K0X8b-t-N
http://uk.youtube.com/watch?v=kX1Y9ID_2
2º.Mov
http://uk.youtube.com/watch?v=XP9oODcLl
3º.Mov
http://uk.youtube.com/watch?v=Drqk9re0k
http://uk.youtube.com/watch?v=Zg8j5Lyxt
http://uk.youtube.com/watch?v=hP9v87bNS
Maiores informações sobre a programação da OSESP.
Um comentário:
Apesar da brilhante participação do grande violinista Emmanuele Baldini, talentoso e apaixonado pela música que faz, o Concerto Tríplice deixou um pouco a desejar na noite de quinta-feira. É justo observar que a obra oferece grandes dificuldades ao trio de solistas, mas, dada a importância da linha do cello, alguns deslizes cometidos pelo solista, bem como uma certa inexpressividade do cello e do piano, prejudicaram a execução do concerto.
Esperamos, contudo, que um maior entrosamento do trio faça com que o desempenho melhore bastante na sexta e, principalmente, no sábado. Vamos torcer!
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