sábado, 5 de abril de 2008

Verdi: Falstaff (OSM, 05 a 13 de abril)


Está em cartaz no Theatro Municipal de São Paulo a ópera Falstaff, do compositor italiano Giuseppe Verdi (1813-1901). Em Falstaff, após Macbeth e Otello, Verdi revisita Shakespeare a partir do libretto de Arrigo Boito, que também foi o autor do libretto de Otello, dois anos antes.
Verdi nasceu no mesmo ano de Richard Wagner, também grande compositor de óperas. Em muitas óperas de Wagner pode ser notada certa influência de Verdi. Porém, quando se fala de Falstaff, nota-se a influência no sentido oposto: de Wagner sobre Verdi. Tal influência reflete-se no fato de que esta não é uma ópera na forma até então usual, com abertura, recitativos, árias, coros, sempre bem divididos, dando a oportunidade, sobretudo nas árias, de os solistas mostrarem seus dotes vocais e receberem os aplausos da plateia... Ao contrário, é um contínuo, as ações se sucedem, a música não tem intervalos, não há árias, não há recitativos, praticamente não há solos, não é dado espaço para o virtuosismo dos cantores. A trama se desenvolve, o canto está a serviço do texto e a música tocada pela orquestra está longe de ser mero acompanhamento. Por tudo isso essa ópera de 1893, a última de Verdi, é considerada uma obra-prima.

Uma boa exposição sobre a ópera e a montagem paulistana pode ser encontrada em
http://www.movimento.com/mostraconteudo.asp?mostra=2&escolha=5&codigo=3716

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